segunda-feira, 30 de abril de 2012

«SUCIALISMO DE ESTADO», UM DESÍGNIO NACIONAL







Primeiras capas das últimas edições do «Diário de Notícias» de Lisboa , as quais revelam muito do estado da arte em Portugal.

Enquanto o Estado Português, através de processos administrativos e fiscais, coima e executa pacatos cidadãos com parcos recursos e com famílias a cargo, por outro lado,  vai socializando e nacionalizando grandes prejuízos, activos tóxicos e imparidades, provocados por actuações alegadamente fraudulentas e golpistas, como foi e é o escândalo do BPN.

Em Portugal, desde muito longe, e basta recuar ao Estado Novo para constatarmos muitas evidências, sempre existiu uma aristocracia de negócios, apoiada pela classe politíca dominante, cujo objectivo primordial nunca foi criar riqueza, mas sim apropriar-se da riqueza dos outros e dos bens públicos.

Desde concessões, nacionalizações, privatizações, reprivatizações, parcerias público-privadas, este modelo golpista de apropriação dos bens colectivos e dos impostos dos contribuintes é uma constante.

Quando o Estado se vê em aflições, a primeira coisa que faz é atacar os mais pobres, os mais  desfavorecidos e actualmente numa agressividade nunca vista a própria classe média, que aos poucos está engrossando a nova legião dos novos pobres.

Isto acontece em todo o território nacional, inclusivamente nos nossos Açores, que não tendo contribuido para o desfalque nacional e para a orgia de despesismo e de irresponsabilidade fiscal, estão a ser convocados para este peditório nacional.

E é  pois, com muita indignação e perplexidade que vemos, ouvimos e lemos alguns dos nossos conterrâneos a contemporizar com todo este processo de saque e rapina sobre os nossos bens e rendimentos.

Ainda hoje li nos nossos jornais regionais, artigos de opinião que são autênticos abaixo-assinados à politica centralista e colonialista de Lisboa, e pior, com a visão lírica de que esta austeridade e todo este esforço é para o bem de todos nós, quando muito bem sabemos que todo esse saque fiscal e financeiro é para enriquecer quem está no miolo do Estado, nos negócios protegidos pelo Estado e para pagar o fausto duma classe politica parasitária e cleptocrática.

Até notei que alguns, em tempos longíquos (!!!), empunharam a velhinha Bandeira dos Açores...

Uns tristes e capachos, é o que são!

domingo, 29 de abril de 2012

HÁ FOME NA MADEIRA, ADMITE O GOVERNO REGIONAL


1ª página do «Diário de Notícias da Madeira», publicado hoje, dia 29.04.2012 na cidade do Funchal, com o elucidativo título «FOME ALASTRA».

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Vítima das politicas sucialistas desenvolvidas pelo regime jardinista - falsamente autonomista - a Região Autónoma da Madeira encontra-se à beira do colapso económico e social.

Ainda esta semana soubemos através dos OCS's nacionais que está a ser desenvolvida uma operação judicial de grande envergadura, com o objectivo de investigar a alegada dívida oculta da Madeira e a alegada promiscuidade entre empreiteiros e a Secretaria Regional do Equipamento Social da Madeira.

A esta operação foi dado o sugestivo nome de «Cuba Libre».

É verdade que esta operação, comandada através de Lisboa, onde até chegou a ser utilizado armamento militar para cercar edifícios do G.R. da Madeira, não é inocente, e tem como intenção humilhar a Madeira e consequentemente as autonomias.

Todavia, não podemos contemporizar com o regime jardinista que ao longo de trinta e tal anos
criou uma verdadeira teia de interesses público/privados para além de ter construido uma economia baseada no estatismo e alavancada na construção civil e nas megas obras públicas não reprodutivas.

De facto, a Madeira é o exemplo do último bastião sovietizado na Europa Ocidental. Tem uma espécie de partido único. Tem um Grande Líder. Tem culto da personalidade. Tem politburo. Tem nomenklatura. E tem uma sociedade completamente dependente dos serviços e das prestações públicas.

Durante muitos anos a Madeira foi sendo apresentada como um exemplo a seguir. Uma verdadeira «região económica» como alguns «servos de Deus» preconizam aqui para os Açores.

Até o inenarrável Ministro da Economia e do Desemprego, um tal Álvaro, em tempos escreveu um livro onde sustentava academicamente que a Madeira tinha condições para ser independente...

Ora, esqueceu o então bloguista e professor Álvaro Santos Pereira, que a Madeira pode vir a ser independente, não pelas razões e pelo modelo que ele ingenuamente elencou, mas por razões diametralmente opostas, sendo uma delas, a desvinculação do sistema económico-jurídico-fiscal imposto por Portugal e até por uma Europa velha e decadente.

RANCHO DE AMOR À ILHA



«Rancho de Amor à Ilha», é o hino oficial da cidade de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina (Brasil) e situada na Ilha com o mesmo nome.
Letra e música são da autoria de Cláudio Alvim Barbosa (Zininho), aqui interpretado neste vídeo por Julie Philippe e Wagner Segura, tendo como décor a Fortaleza de S. José da Ponta Grossa, na Ilha de Santa Catarina.

«Um pedacinho de terra,
perdido no mar!
Num pedacinho de terra,
beleza sem par
Jamais a natureza
Reuniu tanta beleza
Jamais algum poeta
Teve tanto pr'a cantar
........................................»

A Ilha de Santa Catarina, também é, por afectos, história, fisionomia, cultura e tradição uma ilha do universo açoriano.
É uma ilha com 424,4 Km2 (um pouquinho menos do que a nossa Ilha do Pico) e que a partir de meados do século XVIII, recebeu expressivos contigentes de açorianos, com o patrocínio da corôa portuguesa, com vista a povoar, ocupar e delimitar fronteiras.
Hoje em dia são bem visíveis em toda a ilha os vestígios culturais, patrimoniais, étnicos, folclóricos, religiosos e até gastronómicos do povoamento desta ilha pelos nossos antepassados.
Afinal, os Açores não são só 9 ilhas perdidas no meio do Atlântico Norte...
São um povo e uma nação.

sábado, 28 de abril de 2012

SE É PARA PAGAR TUDO, ENTÃO É MELHOR SERMOS INDEPENDENTES, NÃO ACHAM?

Desde que o actual Governo neo-comunista liberal à moda «chinoise» de Lisboa tomou posse, intensificaram-se os ataques às autonomias, e muito particularmente aos Açores.

Isto não significa que antes já não houvessem algumas escaramuças perpetradas pelo anterior governo, como foi o caso da teimosia do então Ministro das Finanças, Prof. Teixeira dos Santos, em não querer transferir para as autarquias açorianas 5% do IRS, como sempre tinha acontecido, e ao arrepio da jurisprudência em vigor.

Em todo o caso, nada se assemelha à agenda politicamente agressiva que o actual Governo de Lisboa tem para com as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, esta com cambiantes muito diferentes.

Tem sido frequente as declarações e as sugestões de diversos ministros em relação, não à transferência de maiores e mais vastas competências para os nossos Orgãos de Governo Próprio, mas sim a transferência de custos e maiores responsabilidades financeiras para os nossos orçamentos e obviamente para os contribuintes açorianos.

Vejamos alguns casos paradigmáticos:

Há tempos o Ministro da Defesa alvitrou a possibilidade da Região vir a pagar as operações de evacuação e salvamento que são realizadas pela Marinha e Força Aérea; o Ministro do Futebol, da Televisão e das Autarquias quer acabar com a RTP-Açores alegando que esta custa muitos milhões e que já cumpriu o seu papel histórico; os Hospitais da rede do Serviço Nacional de Saúde querem cobrar ao nosso Serviço de Saúde todos os cuidados de saúde prestados a cidadãos açorianos que se deslocam ao Continente, cujas valências ou especialidades médicas nós não as possuímos; há ainda os casos da Universidade, dos Aeroportos, das tarifas do serviço público relativas ao transporte aéreo, a estrutura de telecomunicações existente na Região,etc.

Mas o caso mais grotesco - e talvez mais ofensivo! - foi a sugestão do incrível Ministro da Economia e do Desemprego - uma nulidade à escala mundial! - ao declarar que a formação dos agentes da PSP no nosso arquipélago era uma competência da RAA!

Qualquer dia também sairá do nosso Orçamento as verbas necessárias para pagar o Sr. Representante da República e o seu faustoso Gabinete!

Ou seja, doravante, Lisboa, propõe-nos que sejamos nós a pagar os «custos de soberania» e os «encargos gerais da Nação»!

Ontem, o Presidente do Governo dos Açores fez bem em denunciar todo este ataque concertado contra os Açores e chamar a atenção para a agenda de desresponsabilização financeira que a República tem para com os Açores e para com os Açorianos.

Toda esta agenda ( por enquanto, ainda muito escondida...) tem alguns cúmplices internos e que todos os dias se pavoneam nos diversos orgãos de comunicação social.

E nesta altura do campeonato, não devemos ser politicamente correctos ou excessivamente diplomatas.

Esses cúmplices e colaboracionistas do governo neo-comunista liberal de Lisboa - e mandatários para uma eventual agenda politica centralista e anti-açoriana - tem rostos e nomes, estando à cabeça a actual líder(?) do PSD nos Açores e todo o seu directório de rapazinhos inexperientes e imberbes que nem sonham o que custa e custou ganhar uma Bandeira!

Contrariamente à tradição que o PSD tinha nesta Região - que era um partido comprometido com a Autonomia, havendo até uma geração mais velha bastante envolvida nas lutas pela Auto-Determinação dos Açores - hoje os responsáveis (esperamos que por poucos mais meses!...) pisam a nossa Autonomia e apresentam-se como os inimigos e os maiores adversários da nossa Terra, não se coibindo em colaborar em estratégias gizadas a partir do exterior.

Quando nalguns fóruns ou mesmo na imprensa local aparecem alguns nossos conterrâneos a contemporizar com toda deriva centralista e anti-social, ficamos perplexos, como é que as nossas élites (?) chegaram tão baixo.

As próximas eleições legislativas açorianas, ao contrário do que alguns «senadores» ou bem-pensantes escrevem e dizem, não são entre a personalidade A ou B; entre um que é novo(a) e o outro que é velho(a); e muito menos entre quem sabe falar inglês ou outro(a) que sabe tocar piano e falar francês.

A escolha é entre a Autonomia (e num futuro não muito distante a Auto-Determinação) e quem a defende acima de todas as coisas, e entre quem quer o regresso aos ex-distritos autónomos do tempo da outra senhora, quando estes não passavam de meras pagadorias controladas e às ordens de Lisboa.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

III FÓRUM AÇORIANO FRANKLIN ROOSEVELT

Está a decorrer na cidade da Horta, no Teatro Faialense, o III Fórum Açoriano Franklin Roosevelt sob o tema «O Mar na Perspectiva da História, da Estratégia e da Ciência».

Este Fórum iniciou-se hoje e prolonga-se até ao próximo dia 29 do corrente mês e tem como organizadores e patrocinadores, a Fundação Luso-Americana e o Governo dos Açores.

Conta com a participação de diversos e ilustres especialistas açorianos, portugueses e norte-americanos, em vários domínios do saber e da ciência.

Contrariamente à opinião recente dalguns comentadores ou «estrategas» de meia-tijela, a posição geo-política e geo-estratégica do Arquipélago dos Açores continua e certamente continuará a ser vital para a defesa e integridade do Mundo Livre e do Ocidente em geral.

Quando se fala na emergência do Pacífico (mais por causa da China), isto não tira nenhuma importância estratégica aos Açores, pois se os EUA quiserem operar no Mediterrâneo, Médio Oriente, Golfo Pérsico, África do Norte e sub-sahariana e mesmo Ásia Central, será sempre mais fácil cruzar os nossos céus do que ir pelo Pacífico acima ou abaixo...

O tema deste III Fórum é muito interessante e só mostra que os Açores estão, graças a Deus!, num sítio irrepetível, apesar dalguns quererem desvalorizar este grande activo intangível, que é nosso e só nosso.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

EUROPA VELHA VERSUS MUNDO NOVO












A propósito do 260º Aniversário do Povoamento do Rio Grande do Sul pelos Açorianos, este jovem blogue tem publicado alguns posts e materiais audio-visuais sobre este Estado da Federação Brasileira e também sobre a cidade capital Porto Alegre, outrora Porto dos Casais, e que como a História regista foi fundada por Açorianos.

Contudo, desta vez vamos falar do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, não como um território de memórias e afectos, mas principalmente como um território de futuro e de liberdade.

Este propósito decorre duma leitura que fiz no jornal «Público», versão impressa, duma crónica assinada pelo Prof. Dr. João Carlos Espada, doutor pela Universidade de Oxford e professor no College of Europe em Varsóvia, para além de ser director do Instituto de Estudos Politicos da Universidade Católica Portuguesa.

Não sendo possível linkar através do jornal «Público» essa crónica, recorro ao blogue do Dr. Bruno Garschagen, activista brasileiro das teorias liberais e libertárias e colunista da OrdemLivre.org:

A crónica tem o seguinte título: «Surpresa no Brasil, choque em Portugal»


Não é nossa intenção realçar ou valorizar as ideias ou a doutrina liberal preconizada no Forum da Liberdade realizado em Porto Alegre a que o link faz referência, nem mesmo as ideias ou o programa do Fórum de sinal contrário e que também tem sede na capital gaúcha, o Forum Social Mundial.

O que queremos realçar é a vivacidade e a pujança da sociedade civil do Estado do Rio Grande do Sul, que como sabemos é um dos estados mais progressivos e progressistas da Federação do Brasil, e testemunhada pelo ilustre autor da crónica.

Este Estado é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo Governador Tarso Genro (do PT, o partido que governa o Brasil) e Vice-Governador Jorge Alberto Duarte Grill (do Partido Socialista Brasileiro).

Porto Alegre é a capital deste Estado e é uma metrópole muita desenvolvida e um «melting pot» de raças, ideias e culturas.

Refere o ilustre cronista a páginas tantas : «Foi uma sociedade civil vibrante, em perpétuo movimento, com uma energia empreendedora que só tem paralelo nos EUA...».

Mais adiante refere o cronista: «...eu pelo menos saí do Brasil contagiado pela energia criativa e empresarial do Rio Grande do Sul. Mas, quando aterrei em Lisboa, tive o primeiro choque lusitano, depois da agradável surpresa brasileira. Na primeira banca de jornais, uma revista de grande circulação titulava na capa: "Precisamos de um novo 25 de Abril?". Não pude acreditar. Temos uma democracia e perguntam se precisamos dum golpe de Estado? Terei chegado por engano à Guiné?»

Não sendo nosso objectivo comentar, valorizar ou contraditar as ideias e as premissas expressas pelo autor da citada crónica, simplesmente queremos evidenciar duas realidades que presentemente existem: uma Europa velha e decadente, da qual Portugal está orgulhosamente no pódium, e um Mundo Novo a Ocidente, dinâmico, livre, empreendedor, jovem e criativo.

Nós, Açorianos, estamos na fronteira destes dois mundos e destas duas realidades.

Vamos continuar amarrados a toda a uma arquitectura politica, cultural, económica, jurídica, financeira e monetária que nos está condenando à ultraperiferia, à irrelevância, ao sub-desenvolvimento, ao estatismo e à rapina fiscal?

São estas as questões que devemos discutir e não as tretas da «região económica», rendimentos mínimos, vales de saúde ou outras conversas para boi dormir.

Queremos ser livres e donos do nosso destino ou escravos dum Estado delapidador, corrupto, clientelar e obscurantista?

PORTO ALEGRE by DECIMAR DA SILVEIRA BIAGINI







Na barra de vídeo do canto superior direito deste blogue, dedicada à cidade de Porto Alegre, antiga Porto dos Casais, encontra-se um vídeo com poesia declamada da autoria do rio-grandense Decimar da Silveira Biagini e que é uma autêntico hino de amor à cidade fundada pelos nossos antepassados açorianos que rumaram àquelas paragens durante o século XVIII e uma homenagem ao Povo Açoriano:

«Porto Alegre

Terra que chamou poetas

Migrações de letras

Fusão de culturas

Reduto de luta e bravura

Porto dos casais

Onde os navios atracaram

E uma vez

Encostados naquele cais

Tornou-se difícil a missão

Dos que ali não retornaram

Levam consigo a lembrança da união

Da gente sentada na grama

Do Parque Marinha à Redenção

Esta força do sangue açoriano

Que faz da alma um monumento

Mistura da invasão do castelhano

História contadas ao relento

Capital de quem ama

E orgulha-se deste chão»

22 de Março de 2009

quarta-feira, 25 de abril de 2012

AINDA ESTA TERRA VAI CUMPRIR SEU IDEAL!


[Fado Tropical, para o filme «Fados» de Carlos Saura, na voz doce e luso-tropical de Chico Buarque d'Hollanda, ele próprio um combatente da Liberdade e um opositor à Ditadura Militar brasileira vigente à data do 25 de Abril de 1974]

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Hoje, dia 25 de Abril de 2012, comemorou-se pela 38ª vez, a queda da ditadura e o regresso da Liberdade e da Democracia a Portugal e a todos os seus domínios à data.

O 25 de Abril foi uma data muito importante e crucial para os Açores.

Os Açores foram refúgio dalguns estrategas do 25 de Abril e muitos Açorianos participaram de alma e coração neste importante evento da nossa história politica e social do último quartel do século XX.

Quem conheceu os Açores antes do 25 de Abril e compara com os Açores da actualidade, constatará diferenças abissais em todos os domínios, principalmente no campo social, no trabalho e na economia.

Aqui, nos Açores, e é preciso lembrar às actuais e futuras gerações, antes do golpe militar e da Revolução que lhe sucedeu no dia 25 de Abril de 1974, a miséria, a exploração, o obscurantismo e os preconceitos sociais eram esmagadores, assim como na Metrópole continental.

Ainda nos lembramos das gritantes desigualdades sociais, da repressão, da exploração e da espoliação dos mais pobres e desafortunados, da falta de liberdade de imprensa e de expressão; e principalmente da falta de tudo, inclusivamente da falta de luz eléctrica e de água corrente na maior parte das nossas freguesias, lugares e povoados!

A emigração em massa para os EUA e Canadá e as Guerras Coloniais em vários teatros de guerra em África, sangravam a nossa terra e a nossa sociedade, onde os mais novos, e muitas vezes os mais capazes e trabalhadores, fugiam da miséria e do obscurantismo.

É desse colonialismo, de que muitos de nós fomos contemporâneos, que falamos com alguma frequência.

Nunca é demais realçar as virtualidades do 25 de Abril na libertação dos Açores de todos os constrangimentos e estigmas do Antigo Regime ditatorial e colonialista.

Embora a data do 25 de Abril não seja a única data que impulsionou a libertação dos Açores, pois mais tarde sucederam outros eventos muito importantes para este desiderato, nós Açorianos, devemos estar gratos aos capitães de Abril, pois foi o 25 de Abril que abriu as portas à nossa Autonomia, e quiçá, num futuro não muito distante, à nossa própria Auto-Determinação.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A NOVA FASE DO MNA/FLA

Segundo notícia de 23.03.2012 do jornal terceirense «A União», o Movimento Nacionalista Açoriano/Frente Libertação dos Açores (FLA) lançou recentemente alguns comunicados, mobilizando as populações para as lutas politicas que aí vêm:

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=27461

Segundo Álvaro de Lemos, antigo Presidente do PDA-Partido Democrático do Atlântico e independentista assumido, estão a ser sentidas várias dificuldades e restrições na realização das suas acções politicas de divulgação e esclarecimento.

Neste mesmo despacho do jornal terceirense «A União» é denunciado que as telecomunicações das pessoas ligadas ao MNA/FLA estão «sob escuta».

Curiosa esta observação quando amanhã , dia 25 de Abril, comemoramos o Dia da Liberdade.

Enquanto a Constituição da R.P. não coloca quaisquer obstáculos a movimentos e partidos extremistas e xenófobos (ex: PNR) ou toda uma variedade de grupos e grupelhos que proliferam na Península; não permite e reprime quaiquer movimentos, associações ou partidos independentistas, regionalistas ou nacionalistas, ao contrário do que acontece na maioria dos países da União Europeia.

Até permite a existência de "associações secretas" de índole filosófica, religiosa ou laica ou mesmo máfias politico-partidárias-empresariais e financeiras que nos últimos anos raptaram para seu usufruto as funções do Estado e que levaram o país à bancarrota.

Mas não permite que cidadãos pacíficos e honestos se reunem em número superior a dois para defenderem a dignidade e a auto-determinação da sua Terra.

Por isso comemorar a Liberdade em Portugal e nas Ilhas Adjacentes têm ainda muito que se lhe diga...

LIBERDADE SEMPRE!



Georges Moustaki interpreta e recria maravilhosamente um tema de 1974 de Chico Buarque d'Hollanda muito conhecido: «Fado Tropical».

Trinta anos após o promissor 25 de Abril, ainda falta cumprir a epígrafe dos 3 D's : Democratizar, Desenvolver e principalmente Descolonizar.

Hoje, vésperas duma nova comemoração do 25 de Abril, Portugal encontra-se doente e à beira do precipício.

Os Açores, última relíquia atlântica do ex-Império, está sob novas ameaças que se avolumam a cada dia que passa.

Agora, há que cumprir os Açores, já que Portugal não conseguiu cumprir a profecia que Fernando Pessoa cantou.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PORTO ALEGRE NA VOZ DE ADRIANA CALCANHOTO



Este blogue inaugura uma nova valência com a incorporação de vídeos.

Assinalando a efeméride do 260º Aniversário do Povoamento do Rio Grande do Sul pelos Açorianos - uma das grandes epopeias das gentes destas ilhas atlânticas! - colocamos um vídeo duma nativa de Porto Alegre, antiga Porto dos Casais, a extraordinária Adriana Calcanhoto.

Enjoy!

EX-MINISTRO DA DEFESA DA GRÉCIA DETIDO POR CORRUPÇÃO NOS SUBMARINOS

Este é o título com que o jornal «Público Online» brindou os seus leitores a 12 de Abril do corrente.

É habitual ouvir por parte dos actuais governantes da República; de diversos responsáveis partidários; de comentadores avençados e até por parte de diversos economistas e especialistas em finanças públicas, que Portugal não é a Grécia, pretendendo todos reafirmar com isto que os portugueses são menos aldrabões e menos corruptos do que os gregos.

Para além dessa afirmação - «Portugal não é a Grécia» - ser politicamente estúpida e deselegante para com uma nação amiga e que faz parte da mesma União - não está cientificamente provado que os governantes e os portugueses em geral são mais sérios ou confiáveis do que os seus homólogos gregos.

A verdade é que, lá, na Grécia, o ministro dos submarinos foi detido e vai responder em juízo por corrupção.

Em Portugal, apesar das ferrostaaladas e das aldrabices das contrapartidas, nada acontece. No pasa nada.

Acrescente-se que na Alemanha dois ex-gestores da Ferrostaal foram condenados por terem subornado gregos e portugueses e na Grécia foi preso o respectivo ministro que esteve envolvido neste caso. Em Portugal, o processo arrasta-se há anos...

Questionado sobre o processo dos submarinos em Portugal, o Sr. Procurador Geral da República - e este não é uma pessoa qualquer! - , disse que não havia dinheiro para as necessárias perícias...e aguarda que sejam disponibilizadas verbas por parte do Governo da República...

Entretanto, o «Jacinto Leite Capelo Rego» anda por aí a vender banha da cobra como qualquer feirante de 3ª categoria e a enfiar barretes nas cabeças mais desprotegidas dalguns açorígenes (felizmente poucos!)

Nunca é demais avisar os Açorianos: um olho no burro, outro no cigano...

sábado, 21 de abril de 2012

TADINHA, ELA SÓ VAI TER DOIS MESES DE CAMPANHA!...

Uma das características da nossa actual classe política é a sua capacidade extraordinária de mentir, intrujar e gozar na cara do eleitor.

Ainda ontem vimos e ouvimos na RTP-Açores, a líder do principal partido da oposição nos Açores, a afirmar que só sairia do cargo público que actualmente desempenha (Presidente da CMPDL) lá para o final do mês de Julho, pois segundo a ilustre candidata a PdGA, dois meses (Agosto e Setembro) seriam suficientes para a campanha eleitoral.

Descontando o facto da referida senhora querer aproveitar algum protogonismo pessoal durante o corso carnavalesco que ocorre no mês de Julho em PDL, usando e abusando duma tradição religiosa e popular dos açorianos e que já mereceu vigorosa censura de vários responsáveis clericais e leigos da Igreja Católica, o que mais nos choca nessas declarações é o facto de ser dito que dois meses eram suficientes para a campanha das próximas eleições legislativas açorianas!

Então, não tem sido campanha eleitoral (primeiro, interna no seu próprio partido; três ou quatro anos na campanha contra os Açores e os seus orgãos de governo próprio) que a referida senhora tem vindo a fazer, ela e toda uma estrutura camarária paga pelos contribuintes e munícipes de Ponta Delgada?

Não é por acaso que o concelho de Ponta Delgada é um dos mais atrasados dos Açores, desde as coisas mais básicas (recolha de resíduos, limpeza e higiene, apoio ao comércio tradicional que já está farto de tanto parquímetro, taxas, multas e emolumentos ou caminhos municipais nas freguesias rurais que mais parecem grotas) até à inexistência duma política urbanística de qualidade.

Hoje Ponta Delgada e a sua cintura residencial e edificada é uma amálgama de construções que mais parece um subúrbio de Lisboa do que uma cidade com história, pergaminhos e tradição.

E não é por falta dos munícipes pagarem cada vez mais impostos (IMIS, IMTs, etc), taxas, licenças e tantas alcavalas.

Se a referida senhora não tivesse andado todos estes anos em frenética e calculada campanha eleitoral, talvez Ponta Delgada e todo o concelho, pudesse ter uma outra fisionomia social, patrimonial e cultural e talvez tivesse atingido a qualidade urbanística da sua congénere da Madeira, a cidade do Funchal.

Apetece perguntar, mais campanha eleitoral, para quê?

PANAZOREAN

[Home page: www.panazorean.com/]


Termina hoje, dia 21 de Abril, no Teatro Micaelense, o Festival Internacional de Cinema PANAZOREAN sobe a epígrafe «Migrações e Interculturalidade».Este Festival constituiu e contitui uma importante iniciativa cultural, cuja temática diz muito a nós , pois os Açores sempre foram um ponto de chegada e principalmente um ponto de partida.


Pela proximidade dos temas apresentados, destacamos os documentários que concorrem na categoria regional : «Azorenos» do realizador micaelense Tiago Melo Bento e «PDL-LX» de Diogo Lima.


Este Festival de Cinema é uma organização da AIPA- Associação dos Imigrantes nos Açores, e que cada vez mais tem tido um importante papel na defesa e integração dos imigrantes que vivem entre nós, para além de desempenhar e promover diversas actividades de intercâmbio cultural.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

TRIBUNAL CÃOSTITUCIONAL

A recente polémica sobre a nomeação de novos elementos partidários para o Tribunal Constitucional, mais uma vez mostrou a natureza deste orgão esdrúxulo.

Enquanto nos países decentes e civilizados, os tribunais com atribuições de zelar pelo cumprimento escrupuloso das respectivas Constituições, são habitualmente entregues a cidadãos acima de qualquer suspeita, com exigente currículo académico ou de exercício de funções judiciais, em Portugal, os juízes do «constitucional» são normalmente escolhidos pelos estados-maiores dos principais partidos, em lojas maçónicas, e qualquer dia, sabe-se lá, nas gastronómicas academias do bacalhau.

É mais uma prova que Portugal não tem conserto nem futuro.

Uma geração de políticos e uma pseudo-elite, domiciliada e sediada em Lisboa e nos resorts do seu perímetro, é grandemente responsável, pelo menos há duas décadas a esta parte, pela destruição moral e até literal «deste país» e a enganar toda uma sociedade.

Infelizmente, nós , nos Açores, já sofremos muito, ao longo da vigência desta minguada e envergonhada Autonomia, com a jurisprudência do «constitucional», que para além de ter uma visão e leitura «restritiva» das nossas prerrogativas autonómicas, também julga normalmente a favor de quem os nomeia e muitas vezes «à vontade do freguês»...

Mas ainda o mais grotesco e caricato é haver um «tribunal constitucional» - perfeitamente inútil e redundante, na opinião dalguns magistrados - quando a própria Constituição está actualmente «suspensa» ou pendurada no prego.

Enfim, originalidades dum país que nos quer arrastar para o atoleiro...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

«PORTO DOS CASAIS» NA VOZ DE ELIS REGINA

(vídeo e música »»»» «Porto dos Casais»: http://www.youtube.com/watch?v=EtDug456Pts, na voz de Elis Regina, ela própria uma nativa de Porto Alegre, outrora Porto dos Casais, uma cidade fabulosa fundada por Açorianos)

«É sempre bom lembrar coisas passadas
Rever os lampiões, os ancestrais,
Singrando o guaíba apareceram,
Os velhos fundadores coloniais,
Chegaram tão alegres,
Alegres por demais,
Fundaram este porto dos casais,
É Porto Alegre,
Antigo dos casais,
Saudades do tempo que já não vem mais»

DIPLOMACIA AÇORIANA, UMA DIPLOMACIA COM ALMA E IDENTIDADE

A recente viagem do Presidente do Governo dos Açores e respectiva comitiva, a convite do Sr. Governador do Estado do Rio Grande do Sul, a propósito do 260º Aniversário do Povoamento do Rio Grande do Sul pelos Açorianos, saldou-se num assinalável êxito.

Não o utilitário êxito das trocas comerciais ou financeiras, mas o êxito das trocas de afectos e de laços históricos e de reconhecimento e homenagem a um pequeno arquipélago insular que deixou na vastidão das terras austrais do Brasil a sua marca identitária e o seu sangue.

Foi assim no Rio Grande do Sul, como já tinha sido no Uruguai, no Ontário, no Quebec, na Califórnia, na Nova Inglaterra, nas Bermudas ou mesmo em Cabo Verde.

Ao contrário da diplomacia portuguesa actual - que está mais interessada em vender pastéis de nata do que em defender os seus cidadãos a residir ou a trabalhar no estrangeiro - os Açores, através dos seus orgãos de governo próprio, e mesmo através das diversas autarquias e embaixadas culturais da sociedade civil, empreendem uma diplomacia (ao seu nível, entenda-se) onde a Herança Cultural, a História, o Intercâmbio Cultural, o Turismo e a partilha de experiências são denominadores comuns.

Bem sabemos que há outras áreas para promover e explorar, nomeadamente as trocas comerciais e o investimento externo, mas estas terão melhor desempenho, quando o relacionamento dos Açores com esses territórios de proximidade cultural e sanguínea for cada vez mais natural e alicerçada em projectos comuns.

Infelizmente, há quem, entre nós, nos Açores, não compreenda a verdadeira dimensão deste tipo de diplomacia e de intercâmbio.

Foi o caso do maior partido da oposição nos Açores - o PSD - que através do seu grupo parlamentar solicitou ao Governo dos Açores informações sobre os gastos desta visita do PdGA a convite do próprio Governador, Tarso Genro.

É de facto desprezível, mesmo considerando que se vive em estação pré-eleitoral, criar atritos e questiúnculas com a deslocação dum titular dum Orgão de Governo Próprio do nosso arquipélago.

Se é compreensível criticar ou sindicar qualquer titular do nosso organigrama político quando este está no exercício das suas funções executivas ou políticas, já não é aceitável que se ataque de forma grosseira e soez esse mesmo titular quando este está em viagem de representação e em nome dos Açores.

Mais uma vez, este partido - o PSD nos Açores - que já nada tem a ver com a geração de autonomistas que implantaram esse partido nos Açores! - foi trauliteiro, mesquinho e desrespeitou os orgãos de governo próprio, democraticamente eleitos.

Enquanto este PSD, seguidista e serventuário dos seus patrões de Lisboa, critica a viagem do PdGA, que é actualmente Carlos César, mas podia ser outro cidadão qualquer, não critica nem criticou uma recente e mui folclórica visita do PR aos EUA, e que na opinião dum conselheiro das Comunidades Portuguesas em Newark -e a propósito da polémica dos vistos de emigração para os EUA - essas viagens não servem para nada, pois a unica coisa que vêm cá fazer (aos EUA), o PR e o MNE, «é gastar dinheiro e passear».

Nunca pensámos que em vida eu iríamos assistir a tanta intriga, maledicência e desconsideração por parte dum partido que ambiciona ser poder nos Açores.

Estamos cada vez mais desconfiados que alguém, a partir do exterior, anda a financiar e a pagar esta propaganda negativa e que já teve vários episódios...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

ANTERO DE QUENTAL, UM AÇORIANO UNIVERSAL

Hoje, dia 18 de Abril de 2012, comemora-se o 170º Aniversário do nascimento de Antero de Quental, poeta e filósofo, místico e activista, revolucionário e humanista.

Antero de Quental, nasceu a 18 de Abril de 1842 em Ponta Delgada e faleceu tragicamente a 11 de Setembro de 1891 na mesma cidade que o viu nascer.

Antero de Quental foi um dos açorianos mais ilustres de todos os tempos.

Embora nascido nestas Ilhas de Bruma, perdidas no meio do Atlântico e esquecidas pelo Reino e pelo Império, Antero de Quental saiu da pacatez e do conservadorismo do meio social onde nasceu e cresceu, para destacar-se nos meios universitários e literários portugueses de então.

Antero de Quental foi um idealista por natureza. Um espírito inquieto que acreditava na existência duma sociedade mais justa e fraterna.

Sofria com as injustiças sociais e com a arrogância das auto-proclamadas élites da Ilha e do Reino.

Cedo aderiu às teorias e ideais do socialismo utópico do francês Proudhon, e levou tão a sério esta sua conversão politica e ideológica que durante algum tempo trabalhou como operário em Lisboa e mais tarde numa tipografia em Paris.

Regressado a Lisboa, em 1868, Antero de Quental, juntamente com outros companheiros de letras e da acção politica e social, funda o Partido Socialista Português (o partido histórico, que mais tarde é refundado em 1973 na cidade de Bad Münsterefeil, na Alemanha Federal), funda o jornal «A República» em parceria com o seu contemporâneo Oliveira Martins e ainda mais tarde passa a editar com José Fontana a revista «O Pensamento Social».

De facto, a intervenção cívica, intelectual e social de Antero de Quental foi extremamente vasta, mas foi no campo das letras, na poesia, pensamento social e filosofia, que se destacou.

Hoje, a sua vasta obra literária, é estudada em várias universidades e em vários países, e é sem dúvidas um dos mais brilhantes pensadores e intectuais de expressão portuguesa.

Honremos a memória e o testemunho de Antero de Quental, um Açoriano no Mundo e um universalista açoriano.

terça-feira, 17 de abril de 2012

O PDA E O PREÇO DO VIAGRA

















Na sexta-feira passada, o PDA - Partido Democrático do Atlântico, já com nova liderança, promoveu junto às instalações da SATA, na Avª Infante D. Henrique em PDL, uma manifestação, protestando contra o preço das passagens aéreas.

Nessa manifestação, para além do actual Presidente do PDA, estava um ou dois elementos a distribuir panfletos.

Através dos nossos OCS's regionais, nomeadamente a RTP-Açores e a Rádio Atlântida, ficámos a par dos motivos que suscitaram este tipo de acção/agitação politica.

Impelidos para sabermos mais qualquer coisa sobre esta insólita manifestação, tentámos visitar o site oficial do PDA, o qual em tempos nós consultavamos com alguma frequência.

Qual não é o nosso espanto quando verificámos que após a tentiva de busca através do google, este redirecciona-nos para um um sítio que vende viagra pela internet. Isso mesmo: Viagra.

Tal como eu receava há meses, e verificado o afastamento de ex-líderes e militantes históricos do PDA, muitos deles ligados aos movimentos independentistas da década de 70, este partido a pouco e pouco vai transformando-se num partido folclórico, tipo barriga-de-aluguer e que serve ou servirá para protogonismos individuais ou para reinvindicações extemporâneas ou exdrúxulas.

É o caso desta pseudo-manif ou contestação. Como é que é possível utilizar um partido - o PDA - que tem nos seus documentos constitutivos e estatutários a emancipação dos povos insulares, nomeadamente do Povo Açoriano, para reinvindicações da área da intendência e para outras minudências.

E o mais grave é que o protesto foi erradamente direccionado para uma empresa pública regional- a SATA -tutelada pelo nosso Governo, mas que está limitada por legislação nacional no que concerne ao tarifário de serviço público.

Não seria mais curial que o actual Presidente do PDA direccionasse o seu protesto para o Estado Central, e que tivesso feito uma manif ou mesmo uma espera «à José Manuel Coelho», à chegada a PDL do Passos Pinóquio?

E que tal um protesto junto das instalações do Sr. Representante da República?

E já que o Sr. Presidente do actual e franchisado PDA , acumula com as funções de Presidente da Associação de Comerciantes do Centro Histórico de Ponta Delgada, porque é que não promove uma manifestação em frente à Câmara de Ponta Delgada, a protestar contra a plantação de parquímetros por tudo onde é sítio/rua/beco/avenida/canada/largo/praça, afugentando a potencial clientela do comércio tradicional e empurrando-a para as grandes superfícies?

Mas, fazendo fé nas notícias, o actual PDA - que julgo que nada já tem a ver com o PDA histórico - vai intensificar a luta, protestando junto da Segurança Social por causa das prestações sociais.

Ora, há qualquer coisa de errado quanto ao alvo desses protestos.

Então, o Sr. Presidente do PDA não sabe que quem tutela a Segurança Social no que concerne à aplicação/atribuição das respectivas prestações sociais, subsídios, reformas,etc. é o Governo da República, uma vez que o sistema é de âmbito nacional?

Como é que um partido e um líder que prometeu lutar por estado regional, objectivo nobre na actual conjuntura, perde tempo com questões de intendência, mesmo que as tarifas aéreas sejam um assunto interno importante?

Na verdade, o google não estava errado quando nos direccionou para um sítio de venda de viagra, após uma tentativa frustrada para consultar o http://www.pda.com.pt/...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

UMA ENCENAÇÃO FALHADA














No Termo de Abertura deste blogue declarámos, para os devidos e subsequentes efeitos, que não estávamos engajados a qualquer força partidária regional oficialmente instituida, porquanto rejeitamos à partida qualquer militância num qualquer partido dito nacional.

O nosso partido é, e só é os Açores! Isto não significa que não tomemos partido por este ou por aquela; ou por qualquer organização ou movimento que tenha como objectivo a defesa, a promoção e o desenvolvimento da nossa Terra.

E muito menos seremos neutros quando está em jogo o bom nome dos Açores, das suas gentes e dos seus interesses principais.

Feita esta declaração de interesses, foi com muita tristeza e mágoa que assistimos parcialmente a alguns flashs e a notas de reportagem da nossa comunicação social no que concerne ao Congresso regional do PSD , que teve lugar este fim-de-semana em Ponta Delgada.

Depois duma apresentação nacional no Congresso do PSD em Lisboa, que se saldou num perfeito fiasco, era expectável que a líder do PSD regional viesse a ter uma performance mais consentânea com o cargo que pretende ocupar.

Infelizmente, e não obstante uma coreografia minuciosamente preparada, desde a moldura de jovens imberbes a agitar bandeirinhas da região autónoma (para quem conhece a simbologia açoriana, aquelas não são as bandeiras dos Açores!...) até a uma plateia de notáveis da brigada do reumático local, passando pelos seus sponsors que vieram propositadamenre de Lisboa, a líder local do PSD e candidata a Presidente do Governo Regional, fez um discurso de abertura recheado de amnésia selectiva, revanchismo, ódio visceral ao seu adversário e desrespeito pelas regras democraticas, entre as quais se incluem dignidade, honestidade intelectual e até sentido de estado, uma vez que o cargo que pretende ocupar assim o obriga.

Nisso, a líder local do PSD, foi igual aos seus municiadores/financiadores/teorizadores de Lisboa, que no Congresso Nacional passaram todo o tempo a malhar no inginheiro ausente em em Paris, enquanto ela passou o tempo a vituperar no seu principal adversário que está ausente em Washington.

O que se passou naquele Congresso, ultrapassou tudo o que é razoável, tendo em atenção que estavam a ser discutidos assuntos que interessam à nossa Terra, os Açores.

Numa altura em que a Autonomia -aquela pouca que nos foi outorgada! - está sob ataque cerrado das forças centralistas, colonialistas e revanchistas de Lisboa e arredores, a líder do PSD local - e que tem o dever de defender os Açores-, furtou-se a essa obrigação, e ao invés, ela e os seus companheiros de partido preferiram atacar soezmente os seus adversários açorianos, e com isso, dando mais argumentos para Lisboa fazer aqui o que já faz na Madeira, sem já falar na desvatação que grassa na Península.

Já não bastava a inventona da famigerada «dívida» dos Açores e toda uma agit-prop alicerçada na má-língua, no insulto, na guerrilha politica e no populismo mais básico, para que ainda fossemos testemunhas deste vil colaboracionismo com os centralistas e colonialistas de Lisboa.

Não disse nem uma palavrinha contra Lisboa. Nem se queixou da rapina fiscal que está a ser implementada; dos cortes orçamentais e salariais; do ataque às freguesias; do bloqueio financeiro da República à Região e à nossa economia privada. Não se queixou das medidas neo-comunistas liberais que o Governo de Lisboa está empreender e que está a devastar a economia e todo o tecido social,etc,etc.

Acusou sim, quem, melhor numas vezes ou pior noutras, tenta defender os Açores e obter o máximo de meios para a nossa sociedade insular.

Tão cedo, os açorianos, que estiveram atentos minimamente ao que sucedeu naquele conclave partidário regional, se esquecerão das infâmias e dos insultos lá proferidos contra cidadãos açorianos, nossos compatriotas, para gozo e deleite daquela gajada de Lisboa.

Deus não dorme.

domingo, 15 de abril de 2012

UMA SINGELA HOMENAGEM AO MAESTRO EMÍLIO PORTO, UM GRANDE AÇORIANO

*foto Rádio Pico

[vídeo»»»»» Grupo Coral das Lajes do Pico: http://www.youtube.com/watch?v=3DLVoqIQ7Mo , interpretando um emocionante tema dedicado à Ilha Montanha. Produção do jornalista faialense, Sr. Souto Gonçalves]

*********

Na passada quarta-feira à noite, durante mais um ensaio do «seu» Grupo Coral das Lajes do Pico, faleceu subitamente o maestro e professor Emílio Porto.

Aos 76 anos, Emílio Porto, natural da freguesia da Ribeirinha, concelho das Lajes do Pico, deixa um legado musical muito significativo.

Sob a sua batuta, o Grupo Coral das Lajes do Pico, atingiu níveis de grande qualidade e prestígio, e não é favor afirmar que este Grupo estava entre os primeiros do seu género nos Açores.

Emílio Porto foi um cidadão exemplar. Foi aluno do Seminário de Angra, especialmente dotado para a Música, onde colaborou com Edmundo Machado Oliveira no Orfeão e na Shcola Cantorum do Seminário.

Na década de sessenta do século passado foi ordenado sacerdote, pedindo mais tarde dispensa do ministério sacerdotal em coerência com a sua trajectória de vida.

Mais tarde completou os seus estudos superiores, obtendo licenciatura pela Escola Superior de Música de Setúbal.

Professor dedicado e pedagogo exemplar, Emílio Porto, foi também um dos pioneiros da Autonomia, tendo sido deputado regional à nossa Assembleia Legislativa, nas I e II legislaturas pelo Partido Socialista dos Açores.

Norteado por um ideal humanista e cristão, Emílio Porto sempre esteve na linha da frente pela defesa da sua Ilha do Pico e duma forma geral pela defesa e valorização do Povo Açoriano. Os temas que escolhia para serem interpretados pelo «seu» Grupo Coral, desde as "Ilhas de Bruma», «Baleeiros», temas do nosso folclore, das festas do Espírito Santo e do nosso Natal, eram autênticas provas de fé do seu açorianismo e amor à Terra que o viu nascer.

À sua Exma Família , apresentamos os nossos mais sentidos pêsames.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

PORTUGAL DE CÓCORAS

A imagem é forte, mas é a que se pode arranjar. E a intenção é mesma esta. Agitar e provocar as consciências dos cidadãos e alertá-los para o surgimento dum totalitarismo de novo tipo. Muito insidioso e malicioso. E que a pouco e pouco vai corroendo a nossa alma.

Hoje, Sexta-Feira, dia 13!, foi aprovado em Lisboa o Tratado Orçamental com os votos da actual maioria governamental em Lisboa e a «luz verde» do principal partido da oposição.

Querendo mostrar serviço ou ser o mais subserviente possível a interesses e líderes estrangeiros, o Governo Português impôs à AR, a assinatura dum documento que é uma autêntica capitulação à já mui minguada soberania dessa velha Nação à beira-mar plantada, em relação a organizações transnacionais ou mesmo potências estrangeiras.

Mais um prego no caixão de Portugal.

A União Europeia, tal como a conhecíamos e concebíamos, ou seja, um espaço geopolítico de solidariedade, estabilidade, desenvolvimento e coesão social, está em desagregação contínua e o seu directório informal (Merkozy) de dia para dia intensifica esta deriva ao espírito que presidiu aos Tratados fundacionais e que estiveram na origem da então CEE e mais tarde da UE.

Perante todas estas evidências, o que faz Portugal? Contemporiza acriticamente com toda esta deriva e ainda paga a bala para o seu fuzilamento, como acontece com os condenados à morte na China, em que é a própria família do condenado que paga a bala ao Estado.

A aprovação deste tratado constitui mais um pontapé na CRP e mais uma vez foi cozinhado nas costas das regiões autónomas.

Já é tempo de equacionarmos qual é o interesse estar numa "União", onde os países mais ricos e fortes impôem regras para defenderem os seus próprios interesses, sacrificando os interesses dos povos e das nações mais pequenas e da periferia.

Tal como previu um ex-dissidente da URSS, a União Europeia está cada vez mais parecida do que aquela defunta união de repúblicas soviéticas, onde era a Rússia que tinha a faca e o queijo na mão.

Na União Europeia, é a Alemanha que agora faz esse papel...

GRANDE É O RIO GRANDE DO SUL!!!

(vídeo e música »»»» Gaúcho: Eu Sou do Sul: http://www.youtube.com/watch?v=0VAvuqEB4Xs)

INTENDÊNCIA:

Para assinalar o 260º Aniversário do Povoamento do Rio Grande do Sul pelos nossos antepassados e aproveitando a presença do PGdA e duma embaixada açoriana às terras austrais do Brasil, colocámos no layout do blogue, e em lugar de honra (canto superior direito) uma barra de vídeos sobre aquele maravilhoso Estado brasileiro, que também é obra e património dos Açores.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

260º ANIVERSÁRIO DO POVOAMENTO DO RIO GRANDE DO SUL PELOS AÇORIANOS

(vídeo»»» Porto Alegre é Demais!: http://www.youtube.com/watch?v=wvXA1Bb22p4)

Durante o corrente ano de 2012 vão decorrer vários acontecimentos e cerimónias relacionados com as Comemorações do 260º Aniversário do Povoamento do actual Estado do Rio Grande Sul pelos Açorianos.

Para o efeito, deslocou-se esta semana ao Brasil, o Presidente do Governo dos Açores, a convite do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e onde será assinado um Memorando de Entendimento para alargar às áreas económicas, comércio, investimento e turismo o programa de cooperação bilateral que já existe nos domínios cultural e académico.

Segundo a imprensa on-line , o Presidente do Governo dos Açores, será recebido pelo Governador do Estado do RG com honras de chefe de Estado, e será agraciado por este Estado com a Grã-Cruz da Ordem do Ponche Verde, «instituida para expressar a gratidão e o reconhecimento a personalidades que contribuam para a afirmação e dignificação do povo gaúcho, da sua identidade e história».

Lembramos que a gesta dos Açorianos nas terras da América Austral, começou à precisamente 260 anos e foi fundamental para a consolidação das fronteiras do então Reino de Portugal naquelas paragens perante a cobiça dos castelhanos.
Actualmente é visível em todo litoral e linha de fronteira do Estado do RG muitas fortificações e povoados construidos e ocupados pelos casais açorianos que aportaram àquelas paragens.

Saliente-se que esta emigração em massa para o Brasil a meados do sec. XVIII, foi precedida duma petição ao Rei de Portugal em consequência da fome e do excesso de população nestas Ilhas, situação muito recorrente, inclusivé na segunda metade do próprio século XX, quando houve grandes fluxos emigratórios para a América do Norte, pois Portugal (a Coroa, a República e o Estado Novo) sempre tiveram como politica a ocupação colonial destas nossas ilhas e sempre as votou ao abandono e subdesenvolvimento.

Por isso a emigração açoriana, quer para o Brasil, quer mais recentemente para os EUA e para o Canadá, tem constituido uma verdadeira fuga à miséria, à opressão e ao obscurantismo.

Infelizmente, estes novos tempos e os novos ventos que sopram de Lisboa, são bastante ameaçadores e premonitórios para novas vagas de emigração.

Acontecerá, se nós, Açorianos, não construirmos aqui, na nossa Terra, aquilo que lá fora construimos: Estados, Nações, Cidades e Comunidades.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O ESTADO PORTUGUÊS NÃO É UMA PESSOA DE BEM

Em contraste flagrante com a frugalidade e solenidade da passada Semana Santa, o Governo Português, secundado aliás por outros orgãos de «soberania», aproveitou a pacatez desta quadra familiar e religiosa para vergastar com prodigalidade, novamente em cima do lombo dos pobres portugueses, açorianos e madeirenses.

Desde novos cortes nos subsídios de doença, nos subsídios de desemprego, cortes em várias prestações sociais, cortes nos subsídios de funeral até cortes no subsídio de maternidade (!!!, pasme-se!), tudo tem sido aproveitado para rapinar, roubar e subtrair direitos aos cidadãos que descontaram e descontam para a Segurança Social e que também pagam impostos.

A acrescer todas estas novas malfeitorias (muito mais dolorosas do que o famigerado PEC IV do Engº Sócrates que há um ano foi chumbado por estes governantes da actualidade!), o Governo Português legislou à socapa, nas costas dos parceiros sociais e dos partidos da oposição, ao impedir o acesso a reformas antecipadas por parte de contribuintes e beneficiários que após uma carreira longa de trabalho e de contribuições (40 anos ou mais) que preencham as condições mínimas.

Estas novas medidas de autêntico terrorismo social - com a cumplicidade dum PR hipócrita e cínico - vêm causar mais instabilidade laboral e trata os trabalhadores como meros figurantes dum processo de contínua destruição da Economia e da Sociedade.

As justificações dadas pelo actual Primeiro-Ministro (comparando a medida tomada à falsa ,com a desvalorização monetária, revela muito bem o carácter deste PM e a pouca consideração que ele nutre pelos cidadãos.

Também as justificações dadas pelo Ministro da Caridade e da Assistência foram autênticos insultos aos trabalhadores e a todas as entidades (patronais, associativas, sindicais) que financiam a própria Segurança Social.

Neste cenário, estamos de novo a assistir a um roubo descarado sobre os descontos que todos nós fizemos e fazemos; a uma contínua frustação de expectativas e a um assalto à Segurança Social para financiar as consequências duma política racionalmente destrutiva, aliás, como foi anunciada por esse Ministro neo-comunista liberal do PP, responsável pelo programa de emergência causada por ele próprio e seus pares.

Para os Açores e Açorianos, estas medidas já roçam a afronta e a indignidade.

Isto é tanto pior, quando nós vemos entre nós traidores, que preferem dizer mal dos Açores e dos seus orgãos de governo próprio, enquanto aparam aqui o jogo do Governo e dos governantes de Lisboa, responsáveis pelo autêntico tsunami que estão causando nas nossas vidas, nas nossas poupanças e patrimónios.

É a hora dos Açores e dos Açorianos pensarem num caminho alternativo, antes que Lisboa nos fique com as casas, os carros e as terras.

Se não fizermos nada para contrariar a garotice daqueles governantes, para lá já andamos...