quinta-feira, 26 de abril de 2012

EUROPA VELHA VERSUS MUNDO NOVO












A propósito do 260º Aniversário do Povoamento do Rio Grande do Sul pelos Açorianos, este jovem blogue tem publicado alguns posts e materiais audio-visuais sobre este Estado da Federação Brasileira e também sobre a cidade capital Porto Alegre, outrora Porto dos Casais, e que como a História regista foi fundada por Açorianos.

Contudo, desta vez vamos falar do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, não como um território de memórias e afectos, mas principalmente como um território de futuro e de liberdade.

Este propósito decorre duma leitura que fiz no jornal «Público», versão impressa, duma crónica assinada pelo Prof. Dr. João Carlos Espada, doutor pela Universidade de Oxford e professor no College of Europe em Varsóvia, para além de ser director do Instituto de Estudos Politicos da Universidade Católica Portuguesa.

Não sendo possível linkar através do jornal «Público» essa crónica, recorro ao blogue do Dr. Bruno Garschagen, activista brasileiro das teorias liberais e libertárias e colunista da OrdemLivre.org:

A crónica tem o seguinte título: «Surpresa no Brasil, choque em Portugal»


Não é nossa intenção realçar ou valorizar as ideias ou a doutrina liberal preconizada no Forum da Liberdade realizado em Porto Alegre a que o link faz referência, nem mesmo as ideias ou o programa do Fórum de sinal contrário e que também tem sede na capital gaúcha, o Forum Social Mundial.

O que queremos realçar é a vivacidade e a pujança da sociedade civil do Estado do Rio Grande do Sul, que como sabemos é um dos estados mais progressivos e progressistas da Federação do Brasil, e testemunhada pelo ilustre autor da crónica.

Este Estado é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo Governador Tarso Genro (do PT, o partido que governa o Brasil) e Vice-Governador Jorge Alberto Duarte Grill (do Partido Socialista Brasileiro).

Porto Alegre é a capital deste Estado e é uma metrópole muita desenvolvida e um «melting pot» de raças, ideias e culturas.

Refere o ilustre cronista a páginas tantas : «Foi uma sociedade civil vibrante, em perpétuo movimento, com uma energia empreendedora que só tem paralelo nos EUA...».

Mais adiante refere o cronista: «...eu pelo menos saí do Brasil contagiado pela energia criativa e empresarial do Rio Grande do Sul. Mas, quando aterrei em Lisboa, tive o primeiro choque lusitano, depois da agradável surpresa brasileira. Na primeira banca de jornais, uma revista de grande circulação titulava na capa: "Precisamos de um novo 25 de Abril?". Não pude acreditar. Temos uma democracia e perguntam se precisamos dum golpe de Estado? Terei chegado por engano à Guiné?»

Não sendo nosso objectivo comentar, valorizar ou contraditar as ideias e as premissas expressas pelo autor da citada crónica, simplesmente queremos evidenciar duas realidades que presentemente existem: uma Europa velha e decadente, da qual Portugal está orgulhosamente no pódium, e um Mundo Novo a Ocidente, dinâmico, livre, empreendedor, jovem e criativo.

Nós, Açorianos, estamos na fronteira destes dois mundos e destas duas realidades.

Vamos continuar amarrados a toda a uma arquitectura politica, cultural, económica, jurídica, financeira e monetária que nos está condenando à ultraperiferia, à irrelevância, ao sub-desenvolvimento, ao estatismo e à rapina fiscal?

São estas as questões que devemos discutir e não as tretas da «região económica», rendimentos mínimos, vales de saúde ou outras conversas para boi dormir.

Queremos ser livres e donos do nosso destino ou escravos dum Estado delapidador, corrupto, clientelar e obscurantista?

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