quarta-feira, 18 de abril de 2012

ANTERO DE QUENTAL, UM AÇORIANO UNIVERSAL

Hoje, dia 18 de Abril de 2012, comemora-se o 170º Aniversário do nascimento de Antero de Quental, poeta e filósofo, místico e activista, revolucionário e humanista.

Antero de Quental, nasceu a 18 de Abril de 1842 em Ponta Delgada e faleceu tragicamente a 11 de Setembro de 1891 na mesma cidade que o viu nascer.

Antero de Quental foi um dos açorianos mais ilustres de todos os tempos.

Embora nascido nestas Ilhas de Bruma, perdidas no meio do Atlântico e esquecidas pelo Reino e pelo Império, Antero de Quental saiu da pacatez e do conservadorismo do meio social onde nasceu e cresceu, para destacar-se nos meios universitários e literários portugueses de então.

Antero de Quental foi um idealista por natureza. Um espírito inquieto que acreditava na existência duma sociedade mais justa e fraterna.

Sofria com as injustiças sociais e com a arrogância das auto-proclamadas élites da Ilha e do Reino.

Cedo aderiu às teorias e ideais do socialismo utópico do francês Proudhon, e levou tão a sério esta sua conversão politica e ideológica que durante algum tempo trabalhou como operário em Lisboa e mais tarde numa tipografia em Paris.

Regressado a Lisboa, em 1868, Antero de Quental, juntamente com outros companheiros de letras e da acção politica e social, funda o Partido Socialista Português (o partido histórico, que mais tarde é refundado em 1973 na cidade de Bad Münsterefeil, na Alemanha Federal), funda o jornal «A República» em parceria com o seu contemporâneo Oliveira Martins e ainda mais tarde passa a editar com José Fontana a revista «O Pensamento Social».

De facto, a intervenção cívica, intelectual e social de Antero de Quental foi extremamente vasta, mas foi no campo das letras, na poesia, pensamento social e filosofia, que se destacou.

Hoje, a sua vasta obra literária, é estudada em várias universidades e em vários países, e é sem dúvidas um dos mais brilhantes pensadores e intectuais de expressão portuguesa.

Honremos a memória e o testemunho de Antero de Quental, um Açoriano no Mundo e um universalista açoriano.

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