terça-feira, 10 de abril de 2012

O ESTADO PORTUGUÊS NÃO É UMA PESSOA DE BEM

Em contraste flagrante com a frugalidade e solenidade da passada Semana Santa, o Governo Português, secundado aliás por outros orgãos de «soberania», aproveitou a pacatez desta quadra familiar e religiosa para vergastar com prodigalidade, novamente em cima do lombo dos pobres portugueses, açorianos e madeirenses.

Desde novos cortes nos subsídios de doença, nos subsídios de desemprego, cortes em várias prestações sociais, cortes nos subsídios de funeral até cortes no subsídio de maternidade (!!!, pasme-se!), tudo tem sido aproveitado para rapinar, roubar e subtrair direitos aos cidadãos que descontaram e descontam para a Segurança Social e que também pagam impostos.

A acrescer todas estas novas malfeitorias (muito mais dolorosas do que o famigerado PEC IV do Engº Sócrates que há um ano foi chumbado por estes governantes da actualidade!), o Governo Português legislou à socapa, nas costas dos parceiros sociais e dos partidos da oposição, ao impedir o acesso a reformas antecipadas por parte de contribuintes e beneficiários que após uma carreira longa de trabalho e de contribuições (40 anos ou mais) que preencham as condições mínimas.

Estas novas medidas de autêntico terrorismo social - com a cumplicidade dum PR hipócrita e cínico - vêm causar mais instabilidade laboral e trata os trabalhadores como meros figurantes dum processo de contínua destruição da Economia e da Sociedade.

As justificações dadas pelo actual Primeiro-Ministro (comparando a medida tomada à falsa ,com a desvalorização monetária, revela muito bem o carácter deste PM e a pouca consideração que ele nutre pelos cidadãos.

Também as justificações dadas pelo Ministro da Caridade e da Assistência foram autênticos insultos aos trabalhadores e a todas as entidades (patronais, associativas, sindicais) que financiam a própria Segurança Social.

Neste cenário, estamos de novo a assistir a um roubo descarado sobre os descontos que todos nós fizemos e fazemos; a uma contínua frustação de expectativas e a um assalto à Segurança Social para financiar as consequências duma política racionalmente destrutiva, aliás, como foi anunciada por esse Ministro neo-comunista liberal do PP, responsável pelo programa de emergência causada por ele próprio e seus pares.

Para os Açores e Açorianos, estas medidas já roçam a afronta e a indignidade.

Isto é tanto pior, quando nós vemos entre nós traidores, que preferem dizer mal dos Açores e dos seus orgãos de governo próprio, enquanto aparam aqui o jogo do Governo e dos governantes de Lisboa, responsáveis pelo autêntico tsunami que estão causando nas nossas vidas, nas nossas poupanças e patrimónios.

É a hora dos Açores e dos Açorianos pensarem num caminho alternativo, antes que Lisboa nos fique com as casas, os carros e as terras.

Se não fizermos nada para contrariar a garotice daqueles governantes, para lá já andamos...

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