quinta-feira, 5 de abril de 2012

MUITO QUEIJO POR UM ESCUDO






Uma das grandes causas que levaram «este» país à situação dramática em que está mergulhado, e que não é mais nem menos do que o limiar da bancarrota, foi a completa irresponsabilidade da classe politica portuguesa e de todas as ramificações do próprio Estado na gestão e/ou administração da «res publica».


Aqui, nos Açores, embora em escala muito menor e mais envergonhada, também aconteceram fenómenos estranhos de despesismo, clientelismo e negligência na administração dos recursos públicos.Muitos desses fenómenos - e que têm longevidade de décadas! - foram «importados» directamente do Continente ou aqui plantados pelos estados-maiores dos partidos portugueses.


Bastas vezes presenciámos animadas e ruidosas campanhas eleitorais onde a promessa fácil e a irresponsabilidade social e fiscal eram omnipresentes.Desde promessas de construção de polivalentes, de gimno-desportivos, cemitérios, marinas, avenidas do mar, croisettes, piscinas aquecidas, museus, centrais de camionagens, etc. até ao recrutamento de pessoal politicamente «desempregado», ou até à criação de emprego para os filhos e as filhas do compadre, do amigo, do patrão ou do correligionário.


Há casos tristemente anedóticos onde os autarcas «ofereceram» aos munícipes, blocos de cimento, tintas, telhas, asfaltagens de acessos,etc, etc,Noutros casos, nomeadamente nas legislativas, a coisa pia mais fino e muito solenemente sobe-se a parada das promessas.


Ora, é precisamente o que está acontecendo agora nos Açores, onde todos os partidos já começaram a apresentar o seu católogo de promessas, colecção Outono-Inverno.


Desses partidos, destaco hoje um , a delegação local do PSD de Lisboa, que pela sua megalomania, tem vindo a prometer coisas absolutamente fantabulásticas, desde duma espécie de «rendimento razoável assegurado» para jovens «empresários» até ao aumento do complemento social de pensão, passando até pela criação de emprego dirigido , sem esquecer os apoios generosos para isto, para aquilo, para aqueles, para aqueloutros, numa ânsia desmedida de agradar tudo e todos ao mesmo tempo.


Obviamente que grande parte destas promessas são autênticas falácias ou mesmo publicidade enganosa e que devia ter outras consequências.


Tudo é tão lindo e formoso, mas ainda não vimos nem ouvimos qualquer explicação técnico-científica, donde virá o dinheiro para tão lauto banquete e ainda não nos explicaram como é que se vai «ajudar» uns, enquanto se rapina outros, e ainda outros estão a ser triturados no rolo compressor que o Governo neo-comunista liberal de Lisboa pôs a funcionar e que certamente quererá estender a estas Ilhas, através dos seus procuradores locais.


Se a demagogia e a irresponsabilidade políticas pagassem imposto, certamente que os cofres da «Região» estariam a abarrotar...


Portanto, meus amigos, muito cuidado com os vendedores de banha da cobra, pois já diz o nosso Povo, na sua imensa sabedoria: quando a esmola é grande, o Santo desconfia...

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